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Os folares


Não poderia haver Páscoa sem folares. Algo que nos alivia das agruras de um inverno que parece ainda não se ter feito primavera, pese embora o subir do mercúrio nos termómetros.
Resta-nos o terno (tenro) sabor desta iguaria que tem tantas versões, como os termos transmontanos.
Claro que os nossos são os melhores, Bô!, nem poderia ser de outra forma.

Armando Sena

Lebução em Trás os Montes



Lebução em janeiro, atenção certas imagens podem chocar as almas sensíveis ! Vídeo impresionante entre cultura da nova geração e tradição de Trás os Montes . Se alguém conhece o autor Victor Saramago (talvez um pseudônimo) pode apresentar-lhe os nossos parabéns.

Zeca Soares (Je suis Charlie)



O folar Trás os Montes







Do naipe das iguarias de Rio Livre, faz parte o folar. O que aparenta ser um exagero de requinte, tendo em conta que parcos eram os meios que esta gente tinha no passado, tornou-se um produto generalizado a que toda a gente acabou por ter acesso. Assim, não havia e continua a não haver, Páscoa ou Pascoela sem folar.
Receitas há muitas, diversas quanto baste, como diversa é a cultura e costumes desta gente. Mas, apesar da diversidade dos sabores, o folar é sem dúvida um produto de excelência que merece maior divulgação a nível nacional, embora se note já um forte empenho dos concelhos locais, na sua divulgação.
Fica aqui, de forma sequencial, algumas das etapas da sua confeção.
Viva o Rei folar.

Armando Sena   Fotos: Sara Alves

O pão Trás os Montes



O centeio, a par da batata, sempre foi a base do sustento dos transmontanos. Recordo-me de histórias tristes de fome e amargura, dos tempos da guerra civil espanhola em que o preço de um pão de centeio era equivalente à jorna de um trabalhador agrícola. Era também comum hipotecar as colheitas de forma a conseguir aprovisionar bens ao longo do ano. Muita gente havia que ficava sem o centeio logo depois das malhadas, como pagamento das dividas acumuladas.
No entanto, sempre havia o que chegava à masseira, onde mãos hábeis o transformavam numa iguaria que tende a desaparecer.
Da farinha proveniente dos grãos de centeio, depois de amassada, fingida e levedada, se fazia o pão.
Nesta fase, havia uma reza que acompanhava o processo:

São João te faça pão
São Vicente te acrescente
São Mamede te levede
Em honra de Deus e da Virgem Maria
Um Pai Nosso e uma Ave Maria

Posteriormente, o pão era metido no forno. Depois de fechada a entrada do forno, outra reza tinha lugar:

Cresça o pão no forno
Paz para o mundo todo
Em honra de Deus e da Virgem Maria
Um Pai Nosso e uma Ave Maria

Era assim e, na verdade, ainda muito assim se mantém.


Armando Sena

Comida para um dia de nevada Trás os Montes






Para terminar os manjares de inverno, até porque a quaresma já vai quase a meio e o colesterol elevado, fica aqui uma referência ao prato de um dia de nevada por excelência, o cozido com palhada, cascas ou casulos, que embora não sejam a mesma coisa, são muito parecidos.
Quem alguma vez comeu um cozido com carnes e fumeiro tradicional, sem aditivos artificiais, jamais terá coragem de pedir um cozido num restaurante.
Findo os prato de inverno. Com o verão, virão o ensopado de cabaçote e o caldo de cornipos e aí sim, candidataremos os quatro a património gastronómico da humanidade.

Armando Sena

O manjar Trás os Montes


Para muitos, este é o maior manjar da gastronomia transmontana. Para outros, nada supera o verdadeiro cozida de Caranaval, com carnes fumadas, enchidos e palhada.
De qualquer forma, este manjar que, mais a nordeste, é conhecido como butelo, tem vindo a ser cada vez mais popular, especialmente pela proliferação das feiras do fumeiro.
Em Pedome chama-se simplesmente bucho e o sabor é divinal.
Outrora, até a gordura da cozedura se aproveitava para barrar torradas, pecado que hoje em dia nenhum dietético absolve.
Bom apetite, que a mim, à media que fui escrevendo o post, foi-me crescendo água na boca.

Armando Sena

Tempo de fumeiro Trás os Montes


É certo que há várias pessoas que não gostam da matança do porco. Um acontecimento bárbaro, argumentam, coitado do bicho que a ninguém fez mal.
Outros, muitos, acham o acontecimento e tudo o que o rodeia, uma experiência única e um ponto gastronómico de referência.
À parte estes considerandos, dos quais não tomo partido, reconheço que o fumeiro é muito mais consensual. Até hoje, nunca a ninguém ouvi dizer que não gostava.
Pois aí está ele, em avanço de estação.

Armando Sena

Bilhós Trás os Montes




Agora que as temperaturas começam a baixar, as primeiras chuvas de outono nos vêm visitar, as últimas colheitas têm lugar, é no fim das cada vez mais pequenas tardes ou início das cada vez mais longas noites que mais apetece no conforto da lareira, na companhia do lume, assar uns bilhós e provar a jeropiga.
A seguir virá uma fatia de presunto, passará também por essas brasas, estendida sobre uma crocha de pão de centeio, libertando em molho a sua alma que há-de acompanhar um vinho tinto e juntos embalar-nos para a noite.
Ai, quem resiste a isto se entregar?

Armando Sena

Rosmaninho em Grande Trás os Montes



Azeite transmontano distinguido na China



O Azeite de Trás-os-Montes foi novamente distinguido num concurso internacional. Desta vez na China, o Rosmaninho, da Cooperativa de Olivicultores de Valpaços obteve uma Medalha de Ouro e o azeite «Quinta de Vale do Conde», do concelho de Mirandela, obteve uma Medalha de Bronze.
Já não é propriamente uma novidade para o azeite rosmaninho e quinta de Vale do Conde, dado que já foram distinguidos em concursos nos Estados Unidos da América, em Itália e em Espanha. No entanto, pela primeira vez o azeite DOP transmontano é distinguido no mercado asiático que poder ser muito importante, economicamente, no futuro.
Disso não tem dúvida o presidente da direcção da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro. António Branco considera que estes prémios são uma importante afirmação internacional do azeite da região. “O mercado da China extremamente importante hoje em dia porque é onde o consumo e o poder de compra está a crescer…”, salientou.
No entender de António Branco, para esta qualidade muito contribuiu a antecipação da apanha da azeitona que tem vindo a ser defendida e incentivada pela AOTAD“Tivemos um ano difícil com bastante seca. Esta campanha foi a campanha que mais cedo se iniciou.
Isto significa que a mensagem que nós temos pedido tem passado”, acrescentou.Esta associação que representa cerca de 17 mil olivicultores da região, entende ser necessária uma estratégia de promoção integrada para valorizar ainda mais o azeite produzido.
António Branco revela que a AOTAD já tem uma candidatura aprovada nesse sentido, mas o problema passa por conseguir a comparticipação nacional
O sector do azeite é o segundo com maior peso económico em Trás-os-Montes, só sendo superado pelo do vinho.
Para se ter uma noção da importância deste produto na região, basta dizer que 50 por cento da produção nacional de azeitona de mesa e cerca de 35 por cento do azeite produzido em Portugal é oriundo de Trás-os-Montes.

http://www.diariodetrasosmontes.com/index.php3

Colheita Trás os Montes



Como habitualmente por esta altura, trago aqui o resultado das análises feitas ao vinho da colheita do ano anterior.
Ficam aqui duas provas, das uvas e do vinho. As uvas eram poucas, logo pouco vinho, a qualidade parece fabulosa. Tendo como referência as análises, a melhor de que há memória.
Nem tudo está em crise.
Estão convidados a provar: hip hip hurra!

Contribuidor Armando Sena

Cambalhotas Trás os Montes


Tem destas coisas o nosso dialecto, será que já lhe posso chamar assim? Bem, os termos já são tantos que, se calhar, mais que um dialecto, já lhe podia chamar um novo idioma. Aliás, será que o mirandês tem mais palavras originais? Bem, de qualquer forma, sem ir por aí, destaco que por cá, um grupo de coisas (bela regra) por vezes chama-se "cambalhota". Assim é para as cebolas, usando-se até o termo "encambalhotar", e também para as alheiras ou fumeiro em geral.
Aqui ficam então umas camabalhotas de alheiras, estas, especilamente viradas para Cabo Verde onde está alguém que comia uma e, com um copito, se calhar até iam duas.
Já agora, o que por aí chamam cambalhotas, por cá são "pincha-carneiras". Somos assim!

Tomatada Trás os Montes

O termo tomatada, até em Pedome pode referir-se a imensas coisas. Neste caso, juro que apenas diz respeito a um dos pratos típicos locais, da altura do fim do Verão e início de Outono. Uma comida simples como quase todas as típicas de Pedome, mas, se feita com ingredientes locais, deliciosa. Os ingredientes são básicos: umas tiras de presunto, azeite, cebola e tomate, muito tomate. Depois, não é preciso explicar, toda a gente consegue fazer. Boa sorte e deliciem-se.

Bilhós Trás os Montes



Com o frio, as castanhas. São as primeiras do ano, ainda com pouco sabor, mas as primeiras têm sempre o especial sabor de serem as primeiras, de nos fazerem lembrar o sabor que há um ano estava ausente. Venham elas, venha o frio, o vinho novo e as geadas.

O Mosto Trás os Montes

Prazer comparável ou quiçá maior que o beber, só mesmo fazê-lo. Idiota, dirão alguns, tem razão contraporão outros, menos decerto. Mas é assim que o sinto, tem que se viver para se compreender, da poda ao lagar, da pipa até ao copo. Todo ele recheado de caprichos, de pormenores e achaques que ao mínimo contratempo o afectam por completo. É assim o vinho, qualquer coisa o altera e depois é ele que nos altera a nós. Os franceses não usufruindo do nosso clima dizem que a qualidade vem do saber. Nós vamos aprendendo a usufruir desta dádiva. E como dizia o saudoso Zé das Bouças: "Maldita a geada que o tolhe".  Hip hip urra. Um brinde em tempos de mosto.

Caldo de Ervilhas Trás os Montes


Quando se fala em sopa de ervilhas, toda a gente em geral a associa à ervilha em grão que normalmente se compra congelada nos supermercados. Pois muito bem, em Pedome sempre houve um delicioso caldo de ervilhas, melhor, da vagem verde da própria ervilha.
Este caldo, sopa como muitos lhe chamarão, é uma delícia própria da época das ervilhas, que em Pedome acabou recentemente.
Bons caldos e bom fim-de-semana.

O ensopado de cabaçote Trás os Montes

Como prometido, aí está o ensopado de cabaçote ou como dirão muitos, açorda. O cabaçote entregou a alma ao criador mas, nesse derradeiro esforço, deixou muita gente satisfeita. Enfim, o frango não era caseiro mas, mesmo assim, estava divinal. Claro que tudo isto não seria possível sem as mão sábias e experientes da cozinheira.

Azeite de Valpaços Trás os Montes


Encontrei esta notícia numa publicação digital que enche de orgulho todos aqueles que pertencem ao concelho de Valpaços:
Azeite de Trás-os-Montes DOP (Denominação de Origem Protegida) continua a somar prémios. Desta vez, num concurso nacional realizado na Feira Olivomoura, na capital do Azeite Alentejano, em Moura.
Mais um motivo de orgulho para a Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD).
O presidente refere que é mais um reconhecimento do esforço que tem sido realizado pelos produtores regionais para melhorarem a qualidade do seu azeite.
“É também uma lição para o que tem acontecido nos últimos tempos. É preciso entender que em Portugal produz-se do melhor azeite do Mundo. Em Trás-os-Montes e no Alentejo. E a capacidade de produção só pode crescer apostando na qualidade”, diz.
António Branco espera que com a sucessão de prémios nacionais e internacionais que o Azeite de Trás-os-Montes tem ganho, faça com que os governantes finalmente despertem para esta realidade, e comecem a valorizar o que de bom este país tem ao nível dos produtos regionais.
“A verdade é que estes produtores estão a garantir uma qualidade no mercado e uma visibilidade ao azeite de Trás-os-Montes e que, com isso, aumente o preço”, diz, porque “o azeite que está a ser comercializado não tem esta qualidade”.
E, mais uma vez o Associativismo. Para o presidente da AOTAD só com o agrupamento de produtores será possível marcar presença e valorizar o Azeite cá dentro, mas principalmente lá fora, nos mercados internacionais.
“É precisamente criar condições para uma internacionalização estratégica dentro da fileira. Não temos interesse em vender azeite em grandes quantidades. Queremos é vender azeite de qualidade e a bom preço”, sublinha.
No Concurso Nacional de Azeite Virgem da Olivomoura, na categoria de Azeite Virgem Extra DOP, a Medalha de ouro foi para a Quinta Vale do Conde, a Medalha de Prata para a Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços, e a Medalha de Bronze para a Casa Agrícola Roboredo Madeira.
Na categoria de Azeite Virgem Extra, no Modo de Produção Biológico, a Medalha de Ouro foi atribuída à Casa Agrícola Roboredo Madeira, a Medalha de Prata coube à Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços.
Na categoria de Azeite Virgem Extra, a Medalha de Prata foi para a Cooperativa dos Olivicultores de Valpaços.
Brigantia, 2010-05-21

Miolada Trás os Montes




Continuando a rota das iguarias de Pedome, cá está uma bela de uma miolada. Feita em pote de ferro, como convém e acompanhadinha de um tinto natural, que equivale a dizer, fresquíssimo.
Mais um "nojo" como dirá o Gringo. Uma maravilha direi eu.
E na curva ascendente das calorias e triglicerídeos, cá terei para a semana o tradicional cozido de Carnaval, as batatas louras, pois claro e mais tarde os milhos, enquanto não chega a comida mais leve, mas não menos tradicional, como é o caso dos caldos de ervilhas e cornipos e das batatas à sementeira.
Ai vidinha...

Presunto Trás os Montes


Sim, é tempo de quaresma, mas lá que marchava, marchava. Umas fatias de presunto bem lascado, pão de Curopos e porque o tempo também estimulava, o moscatel fresquinho desceu com uma sensação de frescura que só um copo não bastou. É assim um fim de tarde em Pedome.
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